A prefeitura de Barro, no interior do Ceará, demitiu nesta terça-feira (16) 260 servidores com contratos temporários). São professores, médicos, enfermeiros, dentistas, além de outros profissionais que foram surpreendidos com a notícia da suspensão dos contratos. De acordo com o procurador do município, Gilson Marques, a medida foi necessária para atender às exigências da Lei de Responsabilidade Fiscal, que determina o teto de 60% da receita do município para o pagamento de servidores.
Segundo o procurador, uma auditoria interna constatou diversas irregularidades na contratação de funcionários temporários. Além disso, Gilson Marques afirma que nos oito primeiros meses de 2012, o município já tinha extrapolado em R$ 1,3 milhões o limite determinado pela legislação federal.
"Neste caso, a Lei de Responsabilidade Fiscal e até a Constituição Federal mandam enxugar a folha de pagamento, dispensando servidores ocupantes de cargos comissionados, com contratos temporártios e, em caso extremo até os funcionários efetivos do município. Resolvemos começar pelos temporários", afirma.
Enquanto isso, a população reclama que postos de saúde e escolas funcionam de forma precária ou até fecharam. Na Escola de Ensino Fundamental e Médio Joaquim Alves Pereira, no distrito de Santo Antônio, que atende 200 alunos, todos os funcionários foram dispensados e a escola fechou. Um dos programas do Governo Federal, no município, o Pro-Jovem, que prepara adolescentes para o mercado de trabalho, também deixou de funcionar depois da dispensa de 15 funcionários. O Pro-jovem em Barro atendia 225 adolescente de 15 a 18 anos.
Fonte: G1
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